quarta-feira, 17 de abril de 2013

SEGURANÇA ELETRÔNICA - Boa Notícia

SEGURANÇA ELETRÔNICA - Boa Notícia: Estatuto da segurança privada pode virar a 1ª Lei que contemplará o setor de segurança eletrônica

Estatuto que regulamentará o setor já está em fase final de aprovação na Casa Civil e validação pode sair até final de maio, durante a XVI EXPOSEC, maior evento de segurança privada da América Latina. Há seis anos, a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança – ABESE luta conjuntamente com a Federação Interestadual de Sistemas Eletrônicos de Segurança - FENABESE pela regulamentação do setor com o objetivo de formatar uma legislação específica que proporcione organização, profissionalização, transparência e desenvolvimento. A entidade aguarda a aprovação do Estatuto da Segurança Privada, projeto da Polícia Federal que dispõe sobre as atividades de segurança privada, armadas ou desarmadas, e, portanto, reúne em seu contexto a segurança eletrônica. Com a chegada do novo estatuto, a população brasileira contará com a definição de cada atividade de segurança privada e suas especificidades. Enquanto isso, a série de reuniões da ABESE com o Ministério da Justiça surtiu efeito e refletiu na Portaria no 3.233/2012 que acaba de entrar em vigor e disciplina as atividades desenvolvidas por cada tipo de empresa especializada, separando de forma clara os diferentes segmentos dentro da atividade de segurança privada, estabelecendo a segurança eletrônica como espécie desse crescente mercado. Em seu texto, afirma que as empresas de vigilância patrimonial não poderão desenvolver atividades econômicas diversas das que estejam autorizadas e não poderão comercializar equipamentos tecnológicos como câmeras de segurança e alarmes, por exemplo. Além disso, as atividades de instalação e verificação de disparo de alarmes não poderão ser realizadas por vigilantes. Dessa forma, todos passam a estar mais protegidos e contar com empresas adequadamente capacitadas para operar e extrair o melhor dos modernos e eficientes sistemas atualmente disponíveis. A nova portaria acata o último texto enviado pela ABESE ao Ministério da Justiça, e tem seu conteúdo reforçado e com a mesma diretriz no projeto de lei do Estatuto da Segurança Privada, conforme nos foi confirmado pelo Secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça, Marivaldo Pereira e pelo Coordenador Geral de Segurança Privada da Polícia Federal, Clayton Eustáquio. Sobre a ABESE: Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança - é uma entidade representativa das empresas de sistemas eletrônicos de segurança de âmbito nacional, sem fins lucrativos e tem como a finalidade de orientar, promover, apoiar e divulgar as atividades de seus associados, representando-os publicamente, defendendo seus direitos e interesses. Fundada em 1995 por um grupo de empresários brasileiros, a ABESE surgiu pela necessidade cada vez maior das empresas se organizarem dentro do segmento e hoje reúne cerca de 400 empresas de todas as regiões do País. Na entidade, os empresários do setor encontram iniciativas que promovem a capacitação profissional, a valorização da qualidade e a regulamentação oficial do segmento.

Fonte: ABESE / Portal Segs/SP, 09/04/13; Portal Loja do Alarme/SP, 10/04/13; Portal Intersept/SP, 10/04/13; Portal Blog Defender/SP, 10/04/13.

Casas podem ser tão seguras quanto apartamentos

MEDIDAS ADEQUADAS PROTEGEM TODOS OS TIPOS DE RESIDÊNCIA.
A segurança é um dos aspectos mais importantes a serem levados em consideração ao se escolher um lugar para morar. Além de buscar regiões com melhor infraestrutura de iluminação e policiamento, é fundamental adotar medidas que tomem as residências menos vulneráveis a invasões. Atualmente, muita gente prefere apartamentos a casas, imaginando que edifícios são mais seguros. Entretanto, segundo Chen Gilad, diretor-executivo do grupo Haganá, multinacional do setor de segurança, nem sempre é assim: "Por uma questão de divisão de custos, é provável que um edifício alcance um grau de segurança mais adequado, mas, por outro lado, discordâncias entre moradores podem emperrar o processo. A autonomia sobre o nível de segurança desejado é maior em casas e, na prática, é possível alcançar o mesmo grau de segurança nos dois ambientes". Gilad explica que a grande diferença entre o planejamento de segurança em casas e em condomínios é o direcionamento dado às medidas preventivas: "Enquanto em edifícios todas as atenções estão voltadas às áreas externas, em casas, a criação de áreas seguras em seu interior também é levada em consideração. O baixo fluxo de pessoas também facilita as adequações na área de acesso de casas. Segundo Gilad, os equipamentos utilizados para garantir a segurança de casas e apartamentos são os mesmos: sensores de movimento, utilizados principalmente no perímetro e em outras áreas sensíveis, e câmeras, que permitem o acompanhamento em tempo real da movimentação nas proximidades da residência. Segundo ele, mais recentemente, tanto moradores de casas como de condomínios têm instalado portarias blindadas, alarmes e a chamada "gaiola", espaço formado pela instalação de dois portões, um após o outro, em que o segundo portão só abre quando o primeiro estiver fechado. "Como forma de controle de acesso, a identificação biométrica também vem crescendo em condomínios de alto padrão", acrescenta. Tatiana Diniz, diretora de Relações Públicas da Abseg (Associação Brasileira de Profissionais de Segurança), explica que cercas elétricas e sensores infravermelhos podem ser utilizados nas áreas externas de residências. Em casas, ela menciona que é importante instalar equipamentos como sensores de portas e janelas, sensores infravermelhos e câmeras nas áreas internas: "O morador deve monitorar o ambiente interno da casa. Ele pode, inclusive, receber as imagens gravadas em seu telefone celular", afirma. Para Tatiana, projetos de segurança em condomínios são sempre mais complexos, já que é necessário, em primeiro lugar, redigir e aprovar as normas em conselho. "E, a partir do momento que as normas estiverem formalizadas, tem que treinar porteiros e fazer reuniões com os moradores para explicar a importância do cumprimento das regras. Como muitas delas tiram o conforto do morador, ele acaba não querendo cumprir. E fica um desentendimento entre porteiros e moradores e as normas acabam não sendo aplicadas. Já em casas, as maiores dificuldades são os custos mais altos e a orientação aos funcionários. "Nos condomínios, os porteiros e zeladores são treinados para lidar com questões de segurança. Nas casas, geralmente não há profissionais que se dediquem exclusivamente a isso, e o morador precisa orientar os funcionários corretamente. Porque não adianta nada instalar equipamentos e contar com um projeto de segurança se os empregados da casa abrem a porta pra qualquer um", afirma Tatiana. PROCEDIMENTOS De acordo com Chen Gilad, projetos de segurança envolvem adequações físicas, eletrônicas e humanas, por meio do estabelecimento de procedimentos padronizados. Segundo ele, as duas primeiras dependem basicamente de investimentos financeiros; já a última depende do comportamento e da disposição não apenas da equipe de segurança, mas dos próprios moradores. O executivo da Haganá explica que o morador deve se preocupar, principalmente, em manter portas e janelas que dão acesso à ruas trancadas, mesmo que esteja na residência. Ele recomenda ainda que se utilize um sistema simples de alarme, monitorado por uma central externa. Em caso de longas ausências, Gilad diz que o morador deve deixar ao menos um contato telefônico com alguém de confiança, para que seja avisado caso algo aconteça. Tatiana Diniz explica que o grande risco de invasão de residências ocorre durante a entrada e saída de moradores e a prestação de serviços. Por isso, segundo ela, é importante observar se há pessoas desconhecidas rondando a casa no momento que o morador estiver se preparando para abrir a porta e chamar a polícia caso a situação pareça muito suspeita: "Se houver alguém próximo ao portão da casa no momento em que o morador estiver chegando na casa, por exemplo, ele pode dar uma volta no quarteirão. Caso a pessoa permaneça ali por mais tempo, a polícia deve ser acionada." Tatiana explica também que, nesses momentos, é importante contar com o auxílio de equipamentos de segurança: "Com o portão automático, por exemplo, o morador não precisa sair do carro para abri-Io e fechá-Io. Além disso, o tempo em que o portão permanece aberto é mudo menor. Para os casos de prestação de serviços nas residências, Tatiana explica que é importante orientar funcionários a não abrirem o portão caso não tenham certeza da procedência do profissional ou não tenham recebido ordens do morador. "Também é importante salientar que não é preciso abrir o portão para tudo. Para entrega de talões de cheques, por exemplo, o funcionário pode recebê-lo pela caixinha do correio e devolver o protocolo assinado por um vão qualquer do portão." Em caso de outros tipos de prestação de serviços, como consertos ou instalações em geral, Tatiana explica que o ideal é chamar sempre a mesma empresa e solicitar que ela envie o mesmo profissional sempre que possível. Além disso, deve-se evitar a entrada de mais de uma pessoa ao mesmo tempo na casa, a não ser que seja absolutamente necessário. "Também é importante acompanhar o profissional que estiver executando serviços na residência, evitando dei xá sozinho." Outra dica da diretora da Abseg é contar com a ajuda de um cão de guarda: "Cães de guarda são intimidadores, pois dão o alarme em caso de qualquer movimentação suspeita. Além disso, o morador pode levar o cão na coleira ao abrir o portão para alguém desconhecido. É urna proteção a mais". No caso de viagens ou longos períodos de ausência, Tatiana recomenda que o morador suspenda a entrega de jornais e que peça a um amigo ou vizinho que faça limpezas periódicas na frente da casa, para evitar dar sinais de que não há ninguém na residência. "Também é importante contar com os serviços de uma empresa de monitoramento. Caso o alarme da casa soe, essa empresa pode mandar uma viatura ou até chamar a polícia, dependendo do contrato firmado com o morador." Já João Palhuca, presidente do Sesvesp (Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Segurança Eletrônica, Serviço de Escolta e Cursos de Formação do Estado de São Paulo), afirma que é importante ter em mente que a adoção de procedimentos de segurança geralmente restringe o conforto do morador, que deve então analisar os riscos e decidir quais medidas valem a pena ser implantadas: "É o caso, por exemplo, da contratação de terceiros para lavar o carro, distribuir jornais e revistas, pegar compra no mercado: você ganha em conforto, mas perde em segurança. A questão é saber o que você quer e pode fazer sozinho e comparar com o nível e segurança necessários. Em caso de ausência por longos períodos, Palhuca afirma que é interessante que o morador possua dispositivos que acendem as luzes da casa à noite e as apagam durante o dia, para simular a presença de pessoas. Segundo ele, também é recomendável que o morador não faça muitos comentários a cerca de seu período fora de casa e que conte com a ajuda de uma pessoa de confiança. "É importante que o morador evite comentar sobre sua viagem em redes sociais e que tenha pessoas de confiança para limpar a sujeira de gatos e cachorros, por exemplo, para evitar que a casa pareça abandonada." Para casos de residências que guardam objetos de valor, Palhuca afirma que podem ser utilizados cofres, tomando sempre o cuidado de mantê-Ios em local desconhecido de funcionários e outras pessoas que frequentem a residência: "Recomendo sempre que objetos de valor sejam guardados em banco. Mas, no caso da existência de um cofre em casa, ele precisa estar bem camuflado e sua localização deve ser conhecida apenas pelo morador e um ou dois parentes, porque, se um funcionário sabe onde está o cofre, a família dele também sabe". Já Tatiana Diniz explica que uma boa solução seria instalar sensores nos objetos de valor. Caso esses objetos fossem movimentados, um alarme seria acionado e a central de monitoramento entraria em contato com o morador. "Também podem ser instalados sensores nas portas e janelas que dão acesso ao ambiente onde os objetos de valor estão guardados", completa. Como medida adicional de segurança, algumas residências contam com vigilantes armados, o que é visto com cautela pelos especialistas. Segundo João Palhuca, é importante lembrar que a contratação de seguranças com armas próprias é ilegal: "A lei brasileira autoriza serviços de seguranças armados apenas e tão somente quando a arma pertencer à empresa. Jamais um vigilante pode adquirir uma arma própria para trabalhar. Isso é proibido pelo Estatuto do Desarmamento e pela legislação que regula a segurança privada". Tatiana Diniz explica também que é importante estar atento àqueles profissionais- que comumente trabalham na segurança de ruas e condomínios, principalmente no período noturno: "Deve-se exigir que os guardas noturnos sejam cadastrados na delegacia de polícia mais próxima à região da residência. A maioria não se cadastra e é fundamental estar atento a esse detalhe". PROJETOS DE SEGURANÇA Para Chen Gilad, projetos de segurança devem ser realizados sob medida, por empresas especializadas, e desenvolvidos por meio de um planejamento estratégico, realizado a partir do estudo da área crítica (acessos), estudo da área (muros) e estudo da área de controle (áreas internas), sempre em consonância com os projetos de arquitetura, engenharia e paisagismo da casa ou condomínio. Os procedimentos de segurança a serem adotados pela empresa dependerão do acordo firmado com o contratante. Segundo Tatiana Diniz, o trabalho pode envolver monitoramento eletrônico, serviços de vigilância armada e diversos outros: "Geralmente, no momento da contratação, as empresas enviam um formulário perguntando ao morador o que ele quer que seja feito caso o alarme da residência soe, se ele quer que seja enviada uma viatura ou se quer que a empresa chame a polícia. Tudo isso vai impactar o preço final do serviço de segurança, claro". Segundo João Palhuca, a segurança de casas e apartamentos deve ser encarada de forma preventiva e, para isso, as residências devem contar com um planejamento, definido após estudos de risco, de viabilidade e de ambiente. "Não há um modelo básico de segurança a ser adotado para casas e apartamentos. Cada situação requer a elaboração de um plano específico, porque é sempre necessário levar em consideração as características do bairro, do prédio ou da casa, as vulnerabilidades etc." Palhuca acrescenta que a implementação de projetos de segurança requer mão de obra especializada, treinada e legalizada: "Condomínios são os principais contratantes de mão de obra irregular, por isso é preciso ter cuidado. Para checar se a empresa é mesmo idônea, o cliente pode entrar em contato com a Delesp (Delegacia de Segurança Privada), da Polícia Federal. Segundo Chen Gilad, para se certificar de que a empresa de segurança escolhida está apta a prestar bons serviços, o contratante deve checar se ela tem a certificação CRS (Certificado de Regularidade de Segurança), emitida pelo Sesvesp. Já de acordo com Tatiana Diniz, para a contratação de uma empresa idônea, é importante analisar aspectos como o tempo de mercado da empresa, principais serviços prestados, principais clientes e porte da central de monitoramento. "Também é bom checar se a empresa possui registro na Abese (Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica).

Fonte: ABESE / Revista Security/SP – Março. 13 – pg 22 a 26.