segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Vigilância eletrônica vai cobrir todo o DF

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) pretende instalar 1,6 mil câmeras de alta resolução que deverão ganhar as ruas e estar em pleno funcionamento até abril de 2013. Neste primeiro momento, 835 câmeras deverão ser instaladas em 33 localidades de várias regiões administrativas. Posteriormente, outras 765 deverão cobrir 21 áreas que ainda não foram contempladas. A expectativa da pasta é que, até agosto do próximo ano, todo o DF seja acompanhado de forma virtual. Estruturalmente, o Sistema de Monitoramento Urbano contará com uma rede de câmeras instaladas em vários pontos do DF que transmitirão, em tempo real, informações para dez centrais de monitoramento sediadas, prioritariamente, nos batalhões de polícia. Entre as novidades do serviço estão câmeras superpotentes. Elas filmam em alta resolução – conhecida popularmente como HD – e que, de forma inteligente, dispara alertas para situações que fogem do padrão normal de comportamento. Entre as funcionalidades dos equipamentos está a identificação facial de transeuntes, identificação de placas de veículos, localização de objetos perdidos, contagem de pessoas e veículos, localização de suspeitos, entre outros. Estratégia As áreas onde a incidência de crime é considerada média, alta ou muito alta receberão as câmeras adquiridas nesta primeira licitação. Porém, a secretaria, por precaução, preferiu que não fossem divulgadas estas localidades. Conforme analisa o subsecretário de Modernização e Tecnologia da SSP, Celso Nenevê, a implementação destes dispositivos será um grande aliado para o combate à criminalidade. “Ao longo do tempo, pretendemos reduzir a criminalidade em 50% ou 60%. Esse sistema será útil para darmos respostas rápidas às ocorrências”, explica Nenevê.

Fonte: Portal Vermelho/SP, 11/12/12.

Falta de integração dos equipamentos de segurança potencializa riscos de arrastão nos condomínios

Mais de US$ 1,8 bilhão é quanto o mercado de sistemas de segurança eletrônica movimentou no Brasil em 2011, montante 9% superior ao de 2010, segundo a Abese (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança). A entidade aponta que 51% desse mercado estão concentrados na região Sudeste e que a tecnologia mais utilizada hoje é o circuito fechado de televisão (CFTV). "São Paulo deve ter mais de 40 mil condomínios residenciais e comerciais e acreditamos que em 80% deles existe algo planejado na área de segurança, mesmo que o mínimo", afirma o diretor da Abese, Oswaldo Oggiam. E diante da onda de arrastões neste ano, o que está acontecendo em muitos locais é uma reavaliação dos sistemas já existentes. "A maioria está revendo o que foi colocado muitas vezes de forma inadequada anos atrás", destaca. Essa conduta é importante, pois não basta instalar equipamentos, é preciso contar com planejamento, integração do sistema, manutenção e testes periódicos para que eles funcionem plenamente em caso de necessidade. Confira as orientações de especialistas: 1 – Não fazer tudo sozinho. Não adianta comprar equipamentos indicados por vendedores e fazer instalações mais baratas com profissionais que não se comprometem com a manutenção. "Primeiro é preciso buscar um consultor no mercado para fazer um projeto específico para o condomínio. Só depois vale procurar os equipamentos e fazer cotações", orienta José Elias de Godoy, oficial da PM de São Paulo e especialista em segurança em condomínios. 2 – Buscar, de preferência, uma empresa integradora do sistema. "É contraindicado comprar equipamentos individualmente em locais diferentes e chamar alguém para instalar. Porque depois dá problema no sistema e o vendedor culpa o instalador e vice-e-versa. O ideal é que a mesma empresa que vende o equipamento, instale e faça a manutenção do sistema", recomenda Godoy. 3 – Ter cuidado redobrado na hora de contratar. O síndico e a comissão de segurança do edifício devem fazer um levantamento criterioso de fornecedores, checar sua idoneidade, solicitar orçamentos completos e comparar tudo antes de optar por uma prestadora de serviços. 4 – Atenção ao contrato. Escolhida a empresa, é hora de detalhar a responsabilidade das partes. É preciso ter clareza sobre os serviços que serão prestados, incluindo o funcionamento do sistema, detalhamento das medidas a serem tomadas em caso de ocorrência, além de garantia de suporte e manutenção frequentes. 5 – Reavaliar o sistema periodicamente. "A operação do condomínio tem que ser reavaliada sempre, com direito a simulações de tentativa de intrusão. A rotina de testes periódicos de equipamentos e procedimentos deve acontecer no mínimo a cada 30 dias. Manutenções devem ser sempre rápidas", ressalta o diretor da Abese. Equipamentos Básicos A tecnologia avançou muito nos últimos anos e já existem opções de equipamentos que atendem desde os sistemas mais simples e econômicos até os mais elaborados. Os básicos são: Proteção perimetral – Inclui cerca elétrica, sensores de presença e alarmes contra intrusão. Tudo é controlado por meio de uma central de alarmes, que permite armar e desarmar o sistema. Envolve ainda a barreira física, como portões automatizados, gaiola, caixa de passar volumes, guarita isolada etc. É importante verificar que alguns aparelhos devem receber certificação do Inmetro, como as cercas elétricas. Controle de acesso – Há vários softwares no mercado para controle de dados, cadastramento de moradores, visitantes, funcionários e veículos. Pode ser com cartão de proximidade, biometria ou sistema alfanumérico (senhas de acesso). CFTV – Monitoramento de área interna e externa por meio de imagens exibidas em aparelhos de TV. O mercado oferece vários tipos de câmeras, entre analógicas e digitais (chamadas IP, de quarta geração), além de gravadores DVR (digital vídeo recording, com câmeras analógicas) ou NVR (net video recording, com câmeras IP). De acordo com Oggiam, a escolha da tecnologia depende da aplicação e da planta do prédio, mas quem tem sistema analógico funcionando bem não precisa migrar para o sistema IP. A gravação das imagens deve ocorrer numa sala de monitoramento exclusiva. Centralizar tudo na portaria é um erro básico, pois os ladrões podem se apropriar das imagens ou invalidar o sistema. Integração e monitoramento 24 horas É recomendável que os equipamentos sejam integrados entre si e que o condomínio conte com um serviço de monitoramento 24 horas. Dessa forma, se houver uma tentativa de intrusão ou alguma irregularidade, os sensores detectam, ocorre o disparo de alarme na central de monitoramento, visualiza-se a ocorrência e, principalmente, tomam-se as devidas providências, enviando equipe de apoio, avisando os demais moradores e acionando a polícia. "Ter apenas o registro de câmeras sem o monitoramento é como ver pelo retrovisor, sem a chance de tomar uma ação sobre o acontecimento na hora em que ele ocorre", alerta Oggiam. A tendência é a contratação de sistemas mais proativos, com botões de pânico distribuídos em diferentes espaços, como portaria, pontos estratégicos do edifício e apartamentos, de forma que qualquer condômino possa comunicar uma irregularidade. Um manual para o sistema E para garantir o serviço ininterrupto, com envio de sinal e imagens 24 horas, as empresas de monitoramento contam com comunicação via rede telefônica comum e também pela rede de celular. Assim, se houver problema ou corte proposital da linha fixa convencional, existe a segunda via de comunicação e o monitoramento não para. O edifício Santana Top Life, em São Paulo, conta com monitoramento remoto 24 horas e os gestores mantém atenção constante aos equipamentos. O síndico Nicanor Pereira de Souza revela que há cinco anos a comissão de segurança do condomínio criou um manual sobre o tema. "Ele prevê melhorias e já fizemos muitas, como a criação de vaga de emergência na garagem para moradores que estejam coagidos. Em breve dobraremos o número de câmeras para melhor monitoramento das áreas e em 2013 investiremos na blindagem de vidros da portaria", conta. O prédio de 17 andares nunca passou por uma ocorrência. "Temos grande preocupação com o assunto e não esperamos o problema aparecer para tomar atitude", conclui.

Fonte: Revista Direcional Condomínios/SP, Nov.2012.

Roubo de informação requer força ou violência

Um dos grandes problemas quando se trata de segurança corporativa é que a maioria das empresas foca as suas atenções para a segurança pessoal e material, com a instalação de câmeras, alarmes, contratação de seguranças armados etc. Porém, poucas instituições dão importância à segurança informacional. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), 88% dos negócios movimentados por este mercado estão relacionados a clientes não residenciais, ou seja, empresas. Atualmente, o Brasil é o terceiro país mais afetado por atividade ilegal na internet (segundo pesquisa realizada pela Norton/Symantec), com o custo do cibercrime chegando a R$ 16 bilhões anuais, ficando atrás apenas de China (92 bilhões) e EUA (R$ 42 bilhões). Especialistas podem ser contratados por menos de U$ 400 dólares por dia para realizar ataques pela internet. Além dos Crackers (conhecidos erroneamente por hackers), não podemos nos esquecer de que grande parte desses crimes não exige tecnologia avançada e acontecem por falhas humanas na preservação de dados sigilosos, como o picote ou até descarte errado de documentos, postagens de informações em redes sociais ou revelação de dados sigilosos a golpistas que usam de táticas como abuso de confiança, psicologia, manipulação ou identidade falsa, para obter de atendentes, secretárias, e porteiros, por exemplo, dados preciosos (até mesmo bancários) da empresa, sem que estes percebam. Partindo para as ações mal intencionadas, uma modalidade quase esquecida pelos empresários, mas ainda existente é a velha técnica manual de roubo de documentos e materiais. Uma Xerox, uma foto com o celular, o uso de um pen drive, são técnicas reais bastante utilizadas pelos golpistas neste sentido. Diante de tamanha diversidade e complexidade de riscos, pense em uma startup ou até uma empresa média que esteja desenvolvendo um produto inédito, com anos e dinheiro gastos em pesquisa e desenvolvimento. Um roubo do seu trabalho acaba com ela, porque talvez ela não tenha como desenvolver um novo produto. Na França, uma pesquisa revelou que metade das pequenas e médias empresas vítimas de um roubo de dados em pesquisa e desenvolvimento quebrou nos dois anos seguintes A preocupação com a segurança pessoal e material até se justifica, porém, como percebido, existem muitas outras técnicas para se “roubar” uma empresa, sem necessariamente usar de armas, força e, em alguns casos, sequer da presença de uma pessoa.

Fonte: Portal Campo Grande News/MS,13/12/12.