terça-feira, 31 de julho de 2012

O Estatuto da Segurança Privada

A combinação da inépcia policial com o aumento da violência converteu as atividades de segurança e vigilância privadas no Brasil numa das mais rentáveis do setor de serviços, movimentando R$ 32 bilhões por ano. Esse montante não inclui o segmento de segurança eletrônica, que fornece câmeras, alarmes e controles de acesso, tendo movimentado sozinho R$ 3,6 bilhões em 2011.
Tendo os bancos, shopping centers, lojas de departamento, empresas de transporte de valores e eventos esportivos como os principais clientes, a área de segurança privada cresceu tanto, na última década, que hoje há mais vigilantes privados do que agentes policiais em todo o País. Pelas estatísticas oficiais, as 2 mil empresas de vigilância cadastradas no Ministério da Justiça empregam 600 mil profissionais, enquanto a Polícia Federal (PF) e as polícias estaduais têm um contingente de 500 mil agentes. Para funcionar, as empresas precisam de um alvará concedido pela Polícia Federal, que é renovado anualmente. Os vigilantes não podem ter antecedentes criminais, são formados em cursos autorizados pela PF, precisam passar por uma reciclagem a cada dois anos e não detêm o porte das armas, que pertencem às empresas.
Todavia, como existem centenas de empresas de pequeno e de médio portes não cadastradas, que são mantidas de forma irregular por delegados de polícia e por oficiais da Polícia Militar, o número de pessoas armadas atuando informalmente como vigilantes privados, sem treinamento e controle, pode chegar a 2 milhões, segundo as estimativas dos técnicos da Secretaria Nacional de Segurança Pública e da Secretaria de Assuntos Legislativos, vinculadas ao Ministério da Justiça. "É um exército clandestino de pessoas armadas. Em alguns lugares, chega ao extremo de virar milícias", diz o presidente da Confederação Nacional dos Vigilantes, José Boaventura Santos.
Como os jogos da Copa do Mundo e da Olimpíada vão exigir enorme aparato de segurança pública e privada, o governo passou a se preocupar com os problemas causados pela explosão do número de empresas clandestinas de vigilância e anunciará, nas próximas semanas, a minuta de uma nova legislação para o setor. A legislação vigente foi editada em 1983 e é considerada defasada pelo Ministério da Justiça. O projeto do Estatuto da Segurança Privada está sob responsabilidade do secretário de Assuntos Legislativos, Marivaldo Pereira, que já ouviu entidades empresariais, autoridades da área de segurança pública e especialistas em direito penal e já encaminhou as linhas gerais de sua proposta para o Ministério da Justiça e para a Casa Civil.
Pelas diretrizes já definidas, o governo pretende fixar parâmetros para as empresas de sistemas eletrônicos de segurança, que atuam como verdadeiras centrais de inteligência, detendo informações confidenciais de seus clientes, e não estão sujeitas a nenhum tipo de fiscalização. Existem 18 mil empresas atuando nesse segmento, segundo estimativas do Ministério da Justiça. Outra medida prevista é a responsabilização criminal de quem oferecer e explorar serviços de vigilância e segurança de forma clandestina - a legislação em vigor pune o vigilante, mas não o empregador.
Além de modernizar o currículo dos cursos para vigilantes privados autorizados pela Polícia Federal, o anteprojeto aumenta o capital mínimo para a constituição de empresas de segurança e vigilância, que hoje é de R$ 100 mil. "Atualmente, qualquer um pode montar uma empresa de segurança. Com a elevação de capital, haveria um fundo para ser usado em caso de necessidade, aumentando as garantias trabalhistas", afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Vigilância, José Jacobson. A entidade apoia essa proposta, que favorece as grandes empresas do setor, e defende a criação de um Sistema Nacional de Segurança Privada, com a participação do poder público e de entidades empresariais.
A elaboração do Estatuto da Segurança Privada é uma iniciativa importante do governo. Mas, como envolve interesses conflitantes, seu alcance e sua consistência técnica só poderão ser efetivamente avaliados quando a Secretaria de Assuntos Legislativos divulgar o projeto na íntegra.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo, Opinião/SP – 30/07/2012 (via ABESE)

terça-feira, 24 de julho de 2012

VIII Congresso Internacional de Segurança

Cresce investimento na proteção das residências

Cinco itens básicos compõem a segurança residencial: alarmes, cercas elétricas, câmeras, portão eletrônico e até cão. As noticias de violência abastecem a cada dia os jornais. Para se proteger, os proprietários investem recursos que garantem segurança às famílias. Para completar, podem contar também com seguros que cobrem sinistros e evitam maiores prejuízos ao patrimônio. Muitas pessoas acrescentam muro alto na construção para garantir maior segurança. No entanto, há quem duvida desta estratégia. O ladrão ao pular o muro está livre para agir. Segundo especialistas, os vizinhos não podem ajudar se há alguma movimentação estranha na casa já que o imóvel está encoberto pelo muro. O melhor ainda é a colocação de grades em que é possível enxergar a rua. Conforme especialistas, a adoção de medidas não devem alterar o projeto arquitetônico. Por isso, a cerca elétrica é o equipamento mais utilizado, que custa em média R$ 700 e geralmente possui um sensor que é disparado quando o arame é cortado. O dispositivo tem, em média, 20 metros lineares e pode ser estendido no entorno da residência. Quanto maior a metragem, maior é o preço. Geralmente, a altura para instalar é de 2,5 metros. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), o mercado de segurança cresce, em média, 13% anualmente. A taxa foi divulgada durante Congresso Internacional de Segurança realizado no final do ano passado e promovido pela própria associação, na qual se chegou ao consenso de que a classe média é a principal consumidora e propulsora dessa “fatia”. Os sensores de segurança custam em média R$ 85, mas o preço pode variar conforme a marca. O ideal é ter pelo menos dois desse tipo para cobrir uma área. Há equipamentos que podem ser colocados pelo lado de fora da residência para justamente identificar a presença de pessoas estranhas na casa. Em cada porta e janela da residência deve haver um sensor magnético de proteção.

Fonte: Portal Correio de Itapeninga/SP-20/07/2012

terça-feira, 17 de julho de 2012

Sistema de segurança que será usado na Copa é testado no Mossoró Cidade Junina

Aconteceu...

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), visando as ações que colocará em prática durante a Copa do Mundo de 2014, testou no Mossoró Cidade Junina o Centro de Comando e Controle (CCC), utilizando 27 câmeras, sendo 16 na área do evento e 11 em pontos estratégicos da cidade, formando o chamado "Cinturão de Segurança".
A redução de ocorrências atendidas pelo Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp) da quinta-feira (14) até o sábado (16), em relação ao mesmo período do evento de 2011, foi de 21,5%. O secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Aldair da Rocha, esteve em Mossoró acompanhando o trabalho dos policiais e elogiou o sistema: "O que aplicamos em Mossoró, durante essa importante festa popular, foi um projeto-piloto, um pequeno exemplo de como será uma de nossas ferramentas para a segurança na Copa do Mundo. O Governo do Estado não tem medido esforços para que esse tipo de equipamento também seja utilizado em maior número nas cidades. Natal já tem diversos pontos monitorados 24 horas por essas câmeras, algumas chamadas inteligentes, que rastreiam todos os veículos que passam por elas, indicando, por exemplo, de há queixa de roubo. Nosso trabalho é constante para melhorar a segurança dos potiguares, tanto que um evento grande como esse de Mossoró, felizmente, não temos registro de incidentes violentos de grande porte e houve redução das ocorrências em comparação ao ano passado".

Aldair da Rocha lembrou ainda que, recentemente, foram divulgados dados da Subcoordenadoria de Estatística e Análise Criminal (Seac), implantada no Estado ano passado, apontando a redução de 45% na quantidade de homicídios em Mossoró, em relação a 2011. "Nosso esforço continua e para isso contamos com o bom desempenho dos nossos policiais militares, civis, das guardas municipais, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, pois estamos todos juntos no combate à criminalidade", ressaltou o secretário.

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Francisco Canindé de Araújo Silva, acompanhou a visita ao CCC e reforçou as palavras do secretário Aldair da Rocha: "O Governo tem investido nas polícias, nós temos conversado com a tropa e determinado mais empenho, para que nossa sociedade possa continuar vivendo em paz. Se ainda acontecem atos de violência contra os cidadãos, é porque é humanamente impossível as polícias estarem em todos os lugares ao mesmo tempo, mas não falta vontade e trabalho de nenhum de nós para fazer o Rio Grande do Norte um lugar seguro de se viver e se visitar, por isso, o Mossoró Cidade Junina transcorre dentro da mais perfeita ordem".

Além das câmeras, foi também utilizado um sistema de georreferenciamento e análise criminal, interligado ao Centro Integrado de Operações da Segurança Pública (Ciosp), que ao registrar uma ocorrência, automaticamente identifica o local e a viatura mais próxima. Ao decorrer das chamadas, o sistema distribui o policiamento de acordo com os pontos com maiores ocorrências. O Centro de Comando e Controle será utilizado nos grandes eventos do Estado, até o Mundial de 2014.

Fonte: SESED - RN

BR-101 é monitorada 24 horas por câmeras de segurança

No comércio, nas ruas e até dentro do elevador. Ninguém mais está livre das câmeras de vigilância. Agora, até na BR-101 o monitoramento será 24h.
O Autopista Litoral Sul, que tem a concessão da rodovia em Santa Catarina, termina este mês a instalação das 122 câmeras, do trecho de Garuva, Norte do Estado, até Palhoça, na Grande Florianópolis.
O trabalho começou em maio e, segundo a concessionária, faltam só oito equipamentos entrarem em funcionamento. Com o sistema completo, serão 220 quilômetros vigiados. O trecho catarinense terá, em média, uma câmera a cada 1,8 quilômetro. Cada uma tem zoom ótico de dois quilômetros.
Do comando de operação em Joinville serão repassados dados as 10 bases da concessionária, que atendem, cada uma, trechos de 35 a 40 quilômetros. Não será possível controlar todas as 122 câmeras.
Tecnologia inédita no Brasil
O software que foi adquirido para o sistema consegue identificar uma situação diferenciada e, automaticamente, jogar para a tela. O programa de computador adotado no trecho catarinense é espanhol e já vem sendo utilizado na Europa.
No Brasil, será usado pela primeira vez em Santa Catarina. Por isso, precisa ser adaptado. Por exemplo, deve ser possível identificar quando um carro para no acostamento ou se está trafegando no sentido contrário.
Segurança e não fiscalização
A finalidade não é a de fiscalização de irregularidades. Pelo contrário. De acordo com a Autopista Litoral Sul, a intenção do monitoramento é agilizar o socorro de vítimas de acidentes de trânsito, motoristas com problemas mecânicos, facilitando, ainda, a liberação do fluxo na rodovia.
O investimento chega a R$ 30 milhões, entre câmeras e a nova estrutura utilizada, com cabos em fibra óptica. O custo do novo Big Brother estará incluso na tarifa do pedágio, mas ainda não há previsão de aumento de valor, afirma a assessoria da concessionária.
A intenção é verificar o quanto o monitoramento fará diferença na resposta ao atendimento, hoje feito depois que o usuário aciona o 0800 da concessionária. Apesar de a maior parte das câmeras já estar operando, a Autopista ainda não possui um levantamento sobre a eficácia do sistema, o que ainda está em fase de análise.
As imagens são exibidas em tempo real no Centro de Controle Operacional (CCO) da Autopista Litoral Sul, que fica em Joinville, Norte catarinense. O CCO, por sua vez, encaminha a ajuda necessária para o posto de pedágio mais próximo do quilômetro afetado.
Cada câmera abrange dois quilômetros, sendo possível escolher o sentido da visualização, pois o equipamento tem capacidade para giro de 360 graus. – Se for uma curva muito fechada pode haver um ponto cego, mas a visualização abrange, no mínimo, 80% de toda a malha viária – detalha o gerente.

(Portal Gazeta Itapoá/SC, 17/07/2012)

Insegurança faz BH se cercar de câmeras

Moradores, comércio e indústria investem R$ 180 milhões em 2011 para instalar sistema eletrônico PM quer expandir o Olho Vivo. Você já teve uma sensação de estar sendo vigiado? E é bem capaz que estivesse mesmo. Os belo-horizontinos estão sendo observados por 172 mil câmeras espalhadas pela cidade. São edifícios residenciais, comerciais, indústrias e a segurança pública usufruindo da tecnologia para fechar o cerco à criminalidade.
A crescente sensação de insegurança e a facilidade para aquisição do sistema eletrônico de segurança são os principais motivos pela procura às câmeras.
No ano passado, foram investidos por moradores, comerciantes e indústrias R$ 180 milhões em circuito fechado de TV. A estimativa do setor é que os investimentos neste ano ultrapassem os R$ 200 milhões.
“A vigilância eletrônica inibe a ação marginal e auxilia as investigações. Além disso, dá tranquilidade aos pais, que podem, por exemplo, evitar agressões aos filhos por babás despreparadas e também aos patrões, que podem identificar falhas no processo de produção”, explica Vitor Hugo Moreira, diretor da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança em Minas.
Do total de câmeras em BH, 65% estão em condomínios residenciais e comerciais e 30% em indústrias e comércio. O restante está em casas e a serviço do poder público.
Na capital, a BHTrans tem 33 câmeras para monitorar o trânsito (outras 62 serão instaladas até fim de 2012), a Guarda Municipal tem 43 e a Polícia Militar, 164. “Ao mesmo tempo que o criminoso fica com medo de atuar, a repressão é otimizada. O objetivo é aumentarmos o número de câmeras na cidade”, diz o chefe da comunicação da PM, major Marcone Freitas.

(Jornal Metro/BH – 27/06/2012 – pg 3)

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Uma cidade vigiada

<>
 
<>
Se os moradores de Belo Horizonte atendessem sempre ao aviso “Sorria, você está sendo filmado”, passariam boa parte do dia com cara feliz, mostrando os dentes. A sensação de insegurança, um problema crônico das grandes metrópoles brasileiras, é o que motiva a procura por sistemas de vigilância. Só com circuitos fechados de TV, segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), os belo-horizontinos gastaram 144 milhões de reais no ano passado. Considerando 1 100 reais como o preço médio de uma câmera, a entidade estima que cerca de 130 000 novos equipamentos tenham sido instalados em imóveis da cidade ao longo de 2011. É como se cada grupo de dezoito moradores ganhasse uma câmera nova. Neste ano, a previsão é de que esses números aumentem 11%. Na capital, os crimes violentos contra a pessoa, que incluem roubos, homicídios e sequestros, cresceram 12% em 2011, em comparação com o ano anterior. Foram 19 487 ocorrências, o que assusta cidadãos como a servidora aposentada Rosaura Marques. No último mês de dezembro, depois de uma onda de assaltos na rua onde mora, a Jaú, no bairro Paraíso, ela investiu 4 000 reais na instalação de um sistema de vigilância em sua casa. “Agora me sinto mais tranquila”, conta.
Os principais consumidores desse tipo de equipamento são hoje os condomínios residenciais e comerciais, que respondem por 65% das compras. “Como o comércio de rua e as residências já tomavam essa precaução fazia mais tempo, os bandidos começaram a migrar para os condomínios”, explica o diretor da Abese em Minas Gerais, Vitor Hugo Moreira. A vigilância eletrônica costuma também ser mais econômica. “Onde seriam necessários quatro vigias, por exemplo, o número cai para um ou dois quando há câmeras”, compara Moreira, que também é sócio da empresa Semax. Os sistemas mais simples, utilizados em casas e pequenos estabelecimentos comerciais, podem ser instalados por valores a partir de 4 000 reais. Já o preço dos circuitos mais complexos, como os usados nos grandes shoppings, pode ultrapassar a casa do milhão.
Graças ao avanço da tecnologia, é possível acompanhar de qualquer lugar a movimentação em determinado local, em tempo real, pelo smartphone. Por 9 000 reais, o engenheiro Márcio Túlio Ottoni providenciou a instalação de um desses modernos circuitos no prédio do qual é síndico, na Rua Saldanha da Gama, na Floresta. “Temos câmeras na rua, no elevador e na garagem”, diz. O valor foi rateado pelos 28 apartamentos do edifício. “Acesso as imagens pelo telefone quando estou chegando em casa para ver se não tem nenhum problema.”
Nem sempre, porém, a instalação de câmeras é garantia de tranquilidade para os moradores e proprietários de estabelecimentos comerciais. Ignorando o risco de a ação ficar registrada, assaltantes abusados têm invadido também imóveis monitorados, como ocorreu com o restaurante 2012, na Rua Levindo Lopes, no coração da Savassi. A proprietária Juliana Myrrha pagou 7 500 reais para monitorar o funcionamento da casa sem ter de estar presente lá o tempo inteiro. Mas o sistema não conseguiu afugentar os bandidos, que invadiram o estabelecimento no mês de março. Apesar das imagens, o suspeito não foi capturado pela polícia. Mesmo assim, Juliana viu serventia no investimento. “Pelas imagens, pude identificar por onde o ladrão entrou”, lembra. Com a informação, a empresária percebeu que precisava tomar providências adicionais: reforçou a segurança com cerca elétrica e grades nas janelas. Coordenador do Núcleo de Estudos Sociopolíticos da PUC Minas, o especialista em segurança pública Robson Sávio considera ilusória a ideia de que a instalação das câmeras vai coibir a ocorrência de crimes. “A polícia não consegue investigar todos os casos registrados na cidade”, afirma. “As de­­legacias estão abarrotadas, e só crimes de grande repercussão são selecionados en­­tre os milhares de ocorrências.”
Segundo o major Gilmar Marcone Freitas, chefe de comunicação da Polícia Militar de Minas Gerais, os circuitos de TV devem ser encarados como um bom complemento ao trabalho dos policiais. Ele condena, porém, a ação das empresas do setor que, interessadas em aumentar o faturamento, contribuem para difundir um clima de insegurança na comunidade. “Quem vende a neurose é quem quer vender o remédio”, afirma. Freitas acredita que iniciativas como a Rede de Vizinhos Protegidos são mais eficazes do que a instalação de aparatos eletrônicos. O projeto, que vem sendo posto em prática pelos seis batalhões da PM, estimula a aproximação entre os que moram próximo. Quando alguém viaja, por exemplo, outra pessoa fica encarregada de avisar a polícia sobre qualquer movimentação suspeita na casa vazia. Resume o major Freitas: “A câmera funciona como um quarto olho, que vem depois do dono, do estado e da sociedade”.

Revista Veja Belo, Horizonte/MG,2012julho.

Curso Gerenciamento de Segurança

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Novos mercados para o controle de acesso na América Latina

Hospitais, comércio e indústria são alguns dos mercados com maior nível de crescimento para a vertical de Controle de Acesso na América Latina. Combinados, esses setores somam 55% dos 180 milhões de dólares vindos do mercado de controle de acesso na região, de acordo com um estudo recente publicado pela IMS Research, intitulado “O mercado da América Latina para equipamentos de controle de acesso físico Eletrônico”.

O autor do relatório e analista sênior Blake Kozak diz que setores como comércio, telecomunicações e minas de cobre apresentam algumas das maiores oportunidades de vendas para os fornecedores de equipamentos de controle de acesso. “Grande parte do crescimento no setor das telecomunicações está ligado a antenas, torres, subestações e em locais remotos, que possuem equipamentos que devem ser protegidos por um leitor ou teclado, ou uma combinação dos dois. Para minas de cobre, esses sites são projetados da mesma forma que os campus universitários nos Estados Unidos. Muitos possuem grandes complexos, com moradia e áreas de alta segurança que normalmente usam bloqueios eletromecânicos para proteção contra roubo”.
Kozak diz que fábricas e indústria, assim como a construção continuam a se expandir e as economias crescem em grande parte da região. Por isso, a demanda deverá manter-se forte para empresas de manufatura locais e multinacionais. Dentro do setor de petróleo e gás, equipamentos de controle de acesso continuam a desempenhar um papel importante não só dentro de locais de produção, mas também escritórios administrativos que exigem alta segurança para proteger as informações nas áreas de perfuração e direitos minerais.
Em hotelaria, a maior parte do crescimento é esperado no Brasil, com novos hotéis sendo construídos e os já existentes renovado em antecipação da Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. “Esses três setores devem dominar o mercado de controle de acesso por alguns anos, enquanto não houver oportunidades de vendas para nas indústrias. Portanto, saber qual indústria terá destaque e que o consumo esses mercados varia conforme o país é uma vantagem competitiva significativa”.