O cliente deve estar atento e exigir:
- Contrato de compra do serviço, equipamentos e materiais de instalação;
- Saber quanto tempo demora a instalação e combinar horários e dias disponíveis e que sejam permitidos, em caso de condomínios, para realizar o trabalho de instalação;
- Qual programação será feita e como irá funcionar;
- Realizar teste do sistema;
- Fazer treinamento com todas as pessoas da residência;
- Quando e em quanto tempo serão realizadas as manutenções do sistema.
Dicas:
- Verificar as qualificações da empresa que está contratando e outros projetos por ela já realizados;
- Verificar a qualidade dos produtos a serem comprados e instalados (fabricantes e procedência);
- Verificar sempre se o custo está de acordo com o produto e seu desempenho;
- Certifique-se que será realizado um projeto e se a empresa tem pós-venda (manutenção e monitoramento);
- Todo sistema eletrônico deve pertencer a um plano integrado de segurança (Equipamento, treinamento, normas de conduta, rotinas, etc.).
sexta-feira, 9 de março de 2012
Grandes eventos já atraem empresas da área de segurança
Sem perspectiva de crescimento nos países ricos, companhias de defesa tentam operar no país para expandir seus mercados.
Com a necessidade de expandir seus negócios para mercados emergentes, empresas que atuam na área de defesa prometem entrar com força máxima para participar dos grandes eventos no Brasil. A agenda nacional, que começa com a visita do Papa em 2013 e termina com os Jogos Olímpicos em2016, no Rio de Janeiro, aguçou executivos de companhias do ramo que, coma crise, perderam espaço entre os principais consumidores: Estados Unidos e União Europeia. “Não oferecemos nossos serviços para Londres, que receberá os jogos olímpicos neste ano. Mas, definitivamente, entraremos na briga pelo Brasil”, diz Werner Lachenmaier, diretor comercial da europeia Cassidian.
A afirmação taxativa do executivo evidencia a mudança de objetivos da empresa, que há poucos anos, operava apenas em mercados desenvolvidos. Com a desaceleração dos países ricos, tiveram de buscar espaço entre os emergentes. Com a chance de ingressar no Brasil por meio destes eventos, a empresa espera não perder a oportunidade. “Estamos prontos para o jogo”, diz Lachenmaier. Atualmente, a companhia faz o monitoramento dos 9 mil quilômetros das fronteiras sauditas. Em 2010, forneceu equipamento de comunicação à polícia sul-africana para a Copa do Mundo e, em2008, para a de Pequim, durante a olimpíada. “Será necessário inovar paranos expandir globalmente. Os mercados emergentes fazem parte desta estratégia de inovação. Índia e Brasil são nossos principais objetivos”, explica o vice-presidente de Pesquisa e Desenvolvimento da Cassidian, Aimo Bülte. Após o acordo que criou uma joint-venture com a brasileira Odebrecht, a companhia europeia anunciou investimentos de €200 milhões (US$ 260 milhões) até 2014 a fim de montar uma subsidiária no Brasil para atuar nos grandes eventos. A israelense Rafael Defense, com faturamento acima de US$ 1,7 bilhões e presente na maioria das nações ricas, partilha do pensamento da concorrente. “A Rafael tem interesse em grandes projetos. Temos a capacidade de oferecer sistemas de informação em tempo real, que são necessários para uma tomada de decisão extraordinária, comum nestes grandes eventos”, afirma Yitzhak Soroka, diretor para o Brasil da companhia. Entre os produtos oferecidos pelas empresas, estão câmeras de alta definição, que podem identificar um torcedor a mais de três quilômetros de distância; linhas de transmissão de dados de alta velocidade, integrando centros de controle e as polícias locais; armas letais e não letais de combate; e veículos seguros para o transporte de pessoas importantes, as chamadas VIPs (Very Importante People).
Por ser um evento de abrangência nacional, a Copa do Mundo de 2014 tem atraído maior interesse das companhias. De acordo com a consultoria Ernest Young,mais de R$ 1,69 bilhão serão investidos em segurança pública apenas para este acontecimento.
Segundo o Comitê Organizador Local (COL), os investimentos em segurança e defesa para a Copa de 2014 integram o orçamento de infraestrutura, que pode chegar a R$ 47,5 bilhões. No entanto, omontante aportado deve aumentar após a conclusão do evento da Fifa no Brasil. Somente no Rio de Janeiro, até 2016, devem ser aplicados R$ 3 bilhões emsegurança pública, segundo previsão feita há algunsmeses pelo secretário estadual, José Mariano Beltrame.
Sem um número oficial, as estimativas para São Paulo sugerem uma cifra menor, devido a uma menor participação nos Jogos Olímpicos. De acordo comSamira Bueno,coordenadora de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), a parceria coma iniciativa privada é primordial para o sucesso destes eventos. “O grande potencial para as empresas está no fornecimento de tecnologia. Nesta área poderemos vislumbrar um legado após o término destes grandes eventos”, prospecta Samira Bueno. A consultora lembra que muitas cidades brasileiras já possuem um “know how” com grandes eventos, como os blocos de carnaval, em Salvador, e a Parada do Orgulho GLBT, em São Paulo.Nestes casos, diz Bueno, a segurança tem sido satisfatória devido ao grande número de pessoas envolvidas nos eventos. “São parceria entre os governos e a iniciativa privada bem sucedidas. Já existe uma experiência nesta área a partir destes eventos, principalmente na área tecnológica”.
(Jornal Brasil Econômico, Brasil/SP – 06/03/2012)
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