A biometria digital está entre as formas mais seguras de identificação de
pessoas e, aos poucos, sai das telas de cinema para o cotidiano. Isso porque
leitores de digitais já estão se tornando comuns em agências bancárias, urnas
eletrônicas, condomínios e até academias e locadoras de vídeo, que já
identificam os frequentadores dessa forma. E o mais interessante é que, ao passo
que a tecnologia vai barateando, mais setores utilizam a ferramenta.
Mas afinal, o que é biometria? O termo significa medição biológica, ou seja,
serve para medir características físicas ou até comportamentais de uma pessoa.
Esse tipo de identificação faz com que o próprio corpo seja uma senha.
Para isso, são necessários um computador com boa capacidade, um sensor ou
scanner para coletar os dados e um software capaz de compará-los com um banco de
dados. Teoricamente parece simples, mas a adaptação de uma empresa para usar a
digital como cartão-ponto, por exemplo, pode se tornar complicada.
Os níveis de precisão e os custos da tecnologia
A biometria da digital, a mais comum hoje, apresenta diferentes níveis
precisão, de acordo com a exigência do cliente. O menor nível dá menos
segurança, mas evita problemas onde há pessoas que trabalham muito com as mãos -
como auxiliares gerais, funcionários da construção civil, por exemplo - e
desgastam suas digitais. Assim, quando o comparativo é feito, ele admite algumas
diferenças. Para uma menor precisão, baixa também o custo de implantação.
Esse tipo de adaptação permitiu que a tecnologia se popularizasse. De acordo
com Ernani Rangel, gerente de negócios da Telemática, empresa especializada
neste tipo de sistema, os custos caíram pela metade nos últimos cinco anos. "O
que há de negativo hoje não é mais o preço, mas a dúvida do cliente sobre as
falhas do sistema. As experiências negativas que alguns tiveram anteriormente
com algumas empresas impede a biometria de se popularizar mais", afirma.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de
Segurança (Abese), Carlos Progianti, confirma essa preocupação. "É importante
procurar uma empresa idônea, legalmente constituída, que garanta a procedência
dos equipamentos e acessórios utilizados para instalação do sistema e,
principalmente, que assuma compromissos pós-venda, firmados em contrato",
ressalta.
Outros tipos de biometria também estão disponíveis para clientes exigentes e
que necessitam de mais segurança. O leitor de íris ou retina é um dos sistemas
mais seguros e é utilizado em bancos, joalherias e locais onde há produtos de
alto valor. O reconhecimento facial lê os traços do rosto e está entre os mais
caros, além de ter baixa confiabilidade. Há ainda a leitura da geometria da mão
- esta menos confiável do que a digital do dedo - e das veias das mãos. Se você
gostava de filmes policiais e ainda não utilizou um desses sensores, não vai
demorar muito para que um deles apareça na sua frente.
Fonte: Site ABESE - Portal
Terra/SP,20/08/2012