sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Biometria digital ganha espaço entre sistemas de segurança

A biometria digital está entre as formas mais seguras de identificação de pessoas e, aos poucos, sai das telas de cinema para o cotidiano. Isso porque leitores de digitais já estão se tornando comuns em agências bancárias, urnas eletrônicas, condomínios e até academias e locadoras de vídeo, que já identificam os frequentadores dessa forma. E o mais interessante é que, ao passo que a tecnologia vai barateando, mais setores utilizam a ferramenta.
Mas afinal, o que é biometria? O termo significa medição biológica, ou seja, serve para medir características físicas ou até comportamentais de uma pessoa. Esse tipo de identificação faz com que o próprio corpo seja uma senha.
Para isso, são necessários um computador com boa capacidade, um sensor ou scanner para coletar os dados e um software capaz de compará-los com um banco de dados. Teoricamente parece simples, mas a adaptação de uma empresa para usar a digital como cartão-ponto, por exemplo, pode se tornar complicada.
Os níveis de precisão e os custos da tecnologia
A biometria da digital, a mais comum hoje, apresenta diferentes níveis precisão, de acordo com a exigência do cliente. O menor nível dá menos segurança, mas evita problemas onde há pessoas que trabalham muito com as mãos - como auxiliares gerais, funcionários da construção civil, por exemplo - e desgastam suas digitais. Assim, quando o comparativo é feito, ele admite algumas diferenças. Para uma menor precisão, baixa também o custo de implantação.
Esse tipo de adaptação permitiu que a tecnologia se popularizasse. De acordo com Ernani Rangel, gerente de negócios da Telemática, empresa especializada neste tipo de sistema, os custos caíram pela metade nos últimos cinco anos. "O que há de negativo hoje não é mais o preço, mas a dúvida do cliente sobre as falhas do sistema. As experiências negativas que alguns tiveram anteriormente com algumas empresas impede a biometria de se popularizar mais", afirma.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), Carlos Progianti, confirma essa preocupação. "É importante procurar uma empresa idônea, legalmente constituída, que garanta a procedência dos equipamentos e acessórios utilizados para instalação do sistema e, principalmente, que assuma compromissos pós-venda, firmados em contrato", ressalta.
Outros tipos de biometria também estão disponíveis para clientes exigentes e que necessitam de mais segurança. O leitor de íris ou retina é um dos sistemas mais seguros e é utilizado em bancos, joalherias e locais onde há produtos de alto valor. O reconhecimento facial lê os traços do rosto e está entre os mais caros, além de ter baixa confiabilidade. Há ainda a leitura da geometria da mão - esta menos confiável do que a digital do dedo - e das veias das mãos. Se você gostava de filmes policiais e ainda não utilizou um desses sensores, não vai demorar muito para que um deles apareça na sua frente.
 
Fonte: Site ABESE - Portal Terra/SP,20/08/2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário