Estimativa de associação do setor é de crescimento de 11% apenas neste ano; insegurança favorece Em média, a cidade de São Paulo tem uma câmera para sete moradores, segundo dados da Abese (Associação Brasileira de Sistemas Eletrônicos de Segurança). São 1,5 milhão de dispositivos para uma população superior a 11,2 milhões de pessoas, conforme dados do censo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Segundo a Abese, essa quantidade coloca a maior capital do país como a cidade mais bem vigiada - e a tendência é de crescimento, segundo o diretor da entidade, Oswaldo Oggiam. "As câmeras cada vez mais evoluem em capacidade de registro, e com isso surge uma tendência da diminuição do número de unidades nos projetos, que está na contramão do aumento da qualidade da cobertura. Além disso, o número de câmeras comercializadas, não deixará de crescer, uma vez que a demanda de projetos continuará a aumentar nos próximos anos", afirmou. A expectativa do mercado é de um crescimento de 11% somente neste ano - ou seja, 165 mil novos dispositivos instalados, numa espantosa média de 452 todos os dias, ou 18 a cada hora. A explicação está nos dados da segurança: em 2012, houve uma alta de 15% no número de homicídios no Estado em relação a igual período de 2011. Onde estão A maior parte desse imenso "Big Brother", cerca de 70% do total, foi instalado pelo setor privado, sobretudo em prédios comerciais e residenciais da cidade. Outros 30% estão em órgãos públicos e vigiam, entre outros, equipamentos como parques, praças e prédios públicos. Outra parcela é empregada para monitorar o trânsito das ruas e na segurança pública. Um exemplo é o centro de operações da PM, que desde o ano passado passou a contar com 100 novas câmeras.
Fonte: ABESE/Jornal O Destak/SP, 24/02/13