Aquecimento do mercado imobiliário é também um dos responsáveis pela expansão do setor. Antigamente não era difícil encontrar pessoas conversando nas calçadas, com a porta de casa aberta e sem nenhuma preocupação referente a sua segurança. Atualmente, porém, a violência das grandes e pequenas cidades do Ceará vem inibindo tais hábitos e aumentando investimentos em um arsenal deprodutos de segurança eletrônica. Para se ter uma ideia, algumas empresas do Estado, especializadas no setor, obtiveram um crescimento de até 33% na procura por serviços no ano passado. É o caso da Protek Segurança Eletrônica, que segundo o proprietário, Tiago Oliveira, experimentou um crescimento significativo no número de negociações em 2011. "Os serviços mais procurados são sistemas de câmeras e cercas elétricas", revela. "As pessoas não medem esforços na hora de prezar por sua própria segurança e de sua família", comenta. Valores mais acessíveis Segundo o proprietário da Securitec, Bruno Lira, além de se tornarem cada vez mais procurados, os produtos de segurança eletrônica também estão pesando menos no bolso do consumidor. "Atualmente um pacote completo de qualidade, com cerca eletrônica, câmeras e alarme sai por R$ 3,5 mil, ou, no máximo, R$ 4 mil. A alguns anos atrás esse valor podia chegar a R$ 8 mil facilmente", opina. Imóveis alavancam Bruno Lira afirma ainda que, fora a violência de Fortaleza, o aquecimento do mercado imobiliário é um dos grandes responsáveis pelo crescimento de empresas como a sua, que obteve um incremento de 33% no número de negócios concretizados no ano passado, em comparação com 2010. "Basta imaginar que quase todos os condomínios ou casas que são construídos no Ceará irão querer, pelo menos, a implantação de uma cerca eletrônica", explica. Mercado nacional De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), o mercado de segurança eletrônica vem crescendo cerca de 13% ao ano, sendo que, só a demanda por soluções de vigilância por vídeo (CFTV) deve crescer 25% em 2012, segundo pesquisa da IMS Research. Acesso facilitado "Fatores como a necessidade maior por sistemas de segurança e o acesso mais facilitado a estes equipamentos foram cruciais para este aumento", garante Gustavo Rizzo, diretor da Vault, especializada em Blindagem Arquitetônica e Sistemas Integrados de Segurança (Controle de Acesso, CFTV e Alarmes). Inovação Para Rizzo, este crescimento também se deve à inovação das tecnologias de segurança, como a transição dos sistemas analógicos para os digitais, além da maior adoção pela integração dos sistemas de videovigilância aos de controle de acesso. Segundo ele, a plataforma de controle de acesso integrada a alarmes e CFTV permite ações como visualizar a imagem de uma câmera vinculada a uma porta em tempo real, no exato momento de um acesso ou de um evento de alarme (porta forçada ou deixada aberta). "A integração dos sistemas de controle de acesso ao de CFTV compreende recursos que otimizam a identificação de eventos suspeitos e o monitoramento do acesso de pedestres e veículos, controle de visitantes, ronda de guardas, controle de elevadores, circuito fechado de vídeo, controle de ponto, entre outras inúmeras possibilidades. Ou seja, aliar as tecnologias reforça a segurança, prevendo e antecipando ações criminosas", afirma. Tendência "A tendência será a integração com inúmeros outros sistemas de segurança, fazendo com que a simples circulação de pessoas identificadas por determinadas áreas acionem automaticamente equipamentos de climatização, ou que luzes acendam ou apaguem automaticamente, que elevadores dirijam-se para determinados andares, além de muitas outras facilidades, contribuindo para o conforto e a segurança dos usuários", finaliza Rizzo. (Diário do Nordeste/BA, 03/03/2012)
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